Ministério Público de São Paulo diz que não há mais espaço para negociar com a ViaMobilidade

O Ministério Público de São Paulo investiga a sequência de falhas na operação desde que a concessionária ViaMobilidade assumiu linhas da CPTM.

O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) cansou de negociar com a ViaMobilidade. Nesta quinta-feira (30), um trem descarrilou - pela terceira vez neste ano - entre as estações Júlio Prestes e Barra Funda, da Linha 8-Diamante, da ViaMobilidade, na região central de São Paulo.

Esse foi o 5º descarrilamento na Linha - 8 desde que a via mobilidade assumiu a operação, no começo de 2022.

O MP-SP divulgou hoje um novo relatório sobre a concessão assinado por 4 peritos.

O MP-SP investiga a sequência de falhas na operação desde que a concessionária ViaMobilidade assumiu linhas da CPTM. Na noite desta quinta-feira, mais uma falha foi registrada na ViaMobilidade, desta vez, na Linha 9-Esmeralda.

Nas vistorias, eles identificaram vários problemas nas vias:

  • Dormentes de madeira em estado avançado de degradação.
  • Sem parafusos em trechos dos trilhos
  • Trilhos desgastados
  • Trilhos sem grampo de fixação
  • Falta de poda da vegetação ao longo das vias

No relatório o MP sugeriu a troca de trilhos e aparelhos de mudança de via desgastados ou danificados. E, conclui que a concessionária deve acelerar as ações de melhorias nas linhas, além de antecipar a proficiência dos funcionários e obter o auto de vistoria dos bombeiros.

O MP pede também que a ViaMobilidade apresente um plano emergencial para corrigir as falhas apontadas pela comissão de monitoramento de concessões, do próprio governo do estado.

Com base no relatório, o promotor Silvio Marques informou que o MP encerrou as negociações com a empresa para um possível acordo com pagamento de indenização.

"Disseram que iam resolver os problemas, e não resolveram. Então, em função disso, e também do descarrilamento ocorrido hoje, não resta outra alternativa, portanto, a não ser deixar as negociações com a empresa. Infelizmente vamos ter que tomar as providencias necessárias visando a extinção desse contrato", afirmou Silvio.

André Insper, secretário executivo de Parcerias em Investimentos, afirmou que o ocorrido de hoje foi um "problema operacional".

"O que ocorreu hoje foi problema operacional, é isso que tem sido apuração preliminar. O que a gente acredita é que com investimentos acontecendo e com treinamento, melhora da qualidade da via e material rodante que está sendo substituído por sistemas mais modernos de substituição daquilo que foi herdado da CPTM, o serviço vai para outro patamar. A gente tem confiança nisso e essa é a posição do estado neste momento", afirmou.

Vimos no G1

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