Estação Vila Sônia, da Linha 4-Amarela, é inaugurada com 7 anos de atraso

Obra da estação Vila Sônia, da Linha 4 - Amarela, na Zona Sul de São Paulo — Foto: Reprodução/Youtube

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), inaugurou na manhã desta sexta-feira (17) a estação Vila Sônia da Linha 4- Amarela do Metrô. A obra, que foi entregue com 7 anos de atraso e 17 anos após o início das obras, deve receber 86 mil passageiros por dia.

Com previsão de entrega para 2014, o complexo Vila Sônia, formado por um terminal de ônibus, um pátio de manobras e uma estação de metrô, já recebeu um investimento de R$ 2,1 bilhões.

Essa foi a última estação a ficar pronta na Linha 4-Amarela e será operada pelo consórcio ViaQuatro. Com o novo trecho de 1,5 km, a estação vai ligar a Vila Sônia, na Zona Sul, com a Luz, na região central. E a linha 4- Amarela passa a ter 11 estações. De acordo com o governo do estado, existe um projeto para estender a linha até Taboão da Serra, na Grande São Paulo.

Devido ao atraso, o governo de São Paulo vai ter que pagar uma multa de R$ 700 milhões para a concessionária ViaQuatro, que opera a linha. A multa foi parcelada e será paga ao longo de anos. Um dos motivos da demora da conclusão das obras da linha foi o acidente na estação Pinheiros em 2007, que deixou sete mortos.

A estação Vila Sônia vai funcionar a partir deste sábado (18) em esquema de operação assistida, com horário reduzido. A circulação dos trens vai funcionar entre 10h e 13h, sem cobrança de tarifa. Após o período de testes, cuja duração ainda não foi definida, a operação será ampliada gradativamente, para funcionar diariamente das 4h40 à 0h, dentro do padrão do restante da rede do Metrô.

A nova estação é composta por uma estação de metrô subterrânea e um terminal de ônibus urbanos intermunicipais e municipais.

Governador João Doria durante evento de inauguração da estação Vila Sônia, da Linha 4-Amarela, entregue com 7 anos de atraso — Foto: Reprodução TV Globo

Histórico

As obras da segunda fase de construção da Linha 4 - Amarela começaram em 2012, na gestão do então governador Geraldo Alckmin (PSDB), e deveriam ter sido concluídas em 2014.

Em 2016, o custo previsto para a construção do complexo era de aproximadamente R$ 858 milhões. O valor que já foi efetivamente gasto supera a quantia total orçada em 2012 para a construção do complexo Vila Sônia e de mais três estações do metrô, São Paulo-Morumbi, Oscar Freire e Higienópolis-Mackenzie, que era de R$ 1,8 bilhão.

Fachada da estação Vila Sônia, da Linha 4 - Amarela, na Zona Sul de São Paulo, que ainda está em obras. — Foto: Reprodução/Youtube

Contratado em 2011 pelo governo estadual, o consórcio espanhol Isolux Corsán-Corviam seria responsável por construir as estações Higienópolis-Mackenzie, Oscar Freire, São Paulo-Morumbi e o complexo Vila Sônia, concluindo a Linha 4 - Amarela do metrô. As obras foram iniciadas em 2012 e o complexo deveria ser entregue em 24 meses.

Porém, em 2015, após uma paralisação nas construções e a extensão do prazo de finalização, o estado de São Paulo optou por rescindir de forma unilateral o contrato com o consórcio. Este, por sua vez, alegou que empresas contratadas pelo Metrô de São Paulo atrasaram a entrega dos projetos, o que refletiu no acréscimo de 12 meses na previsão de entrega.

Formado pelas empresas TIISA - Infraestrutura e Investimentos S/A e COMSA S/A, o Consórcio TC - Linha 4-Amarela venceu, em 2016, a nova licitação para construção das três estações e do complexo Vila Sônia, que deveria ter sido entregue em 36 meses, mas também não cumpriu o prazo prometido para a entrega.

Projetada para ser implantada em fases, a Linha 4-Amarela está em operação desde 2010 e já transportou mais de 1,5 bilhão de pessoas. A linha permite a conexão com seis linhas do Metrô em quatro estações.

Vimos no G1

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